Conforme apurado pelo Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP junto à Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), o mês de novembro registrou o melhor resultado de 2016 em volume de lançamentos de unidades residenciais novas na cidade de São Paulo.
Foram 3.214 imóveis lançados no penúltimo mês do ano, distribuídos em 1.594 unidades de 2 dormitórios, 1.076 de 3 dormitórios, 354 de 1 dormitório e 190 de 4 ou mais dormitórios.
De acordo com análise do economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, comparando o volume lançado no primeiro semestre do ano (5.731 unidades) com o segundo – contando somente o período de julho a novembro (9.872 imóveis) -, o crescimento foi de 72%. “Esta ocorrência está totalmente ligada à melhora dos índices de confiança do período, mesmo em meio à crise político-institucional que permanece no País”, ressalta.
Outro aspecto percebido pelo economista do Secovi-SP é a retomada de lançamentos em regiões mais valorizadas da cidade, como Itaim Bibi, Vila Madalena, Vila Nova Conceição, Moema, Paraíso, Alto de Pinheiros, Perdizes e Vila Mariana. “Esse interesse não aconteceu nos primeiros meses do ano”, diz Petrucci.
As vendas de novembro ainda não estão fechadas. Mas, se depender do aumento do movimento nos plantões de vendas e do número de visitantes, bem como de negócios efetivados no 1º Feirão Morar Bem, Viver Melhor, realizado pelo Secovi-SP, em parceria com a Abrainc e o SindusCon-SP, com apoio da Secretaria de Estado da Habitação, o mês vai ser tão positivo em termos de comercialização quanto foi no volume de lançamentos. “Esperamos bons resultados, e acredito que encerraremos o ano com 17 mil unidades lançadas e 16 mil unidades vendidas, confirmando nossa última previsão”, lembra.
Para o presidente do Secovi-SP, Flavio Amary, o resultado é bom. No entanto, ele acredita que o reaquecimento do mercado imobiliário depende, ainda, de queda mais acentuada da taxa de juros. “A redução da taxa Selic poderia ter sido maior. Esperamos que isso seja corrigido já a partir da próxima reunião do Copom, em janeiro. Até porque, a inflação tem retraído, o que é positivo para a saúde do nosso setor”, ressalta o dirigente, completando que é positivo também o pacote de medidas do governo anunciado dia 15/12. “Porém, sozinho, trará efeitos a médio e longo prazo, e precisamos de soluções pontuais”, conclui.
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