Mesmo num cenário de recessão da economia, a Caixa Econômica Federal (CEF) deve conceder R$ 91 bilhões em crédito imobiliário – valor similar ao liberado pelo banco no ano passado -, sendo que dois terços desta quantia devem ser para a habitação social (imóveis que custam até R$ 225 mil).
A informação é do diretor-executivo de Habitação da Caixa, Teotonio Rezende, que esteve em Salvador, nesta segunda-feira, 25, para apresentar dados do Programa Minha Casa, Minha Vida. Hoje, a presidente Dilma Rousseff (PT) entrega 2.800 unidades habitacionais dos programas residenciais Coração de Maria e Lagoa da Paixão, em Salvador, com investimento de R$ 179,2 milhões.
Em eventos simultâneos, também serão entregues 986 imóveis em São Carlos (SP); 385 em Pirassununga (SP); 760 em Caucaia (CE); e 362 em Santa Maria (RS).
No ano passado, segundo Rezende, a habitação social cresceu mais de 30% no Brasil. “Acreditamos que não vai crescer tanto esse ano, mas seguramente a habitação social terá a maior parte desses R$ 91 bilhões”, afirmou.
Para ele, o grande desafio do crédito imobiliário no Brasil é a obtenção de recursos. “O Brasil é um dos poucos países do mundo em que o crédito imobiliário é totalmente dependente de crédito direcionado, ou seja, do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e da poupança. O grande desafio do Brasil é romper com essa dependência do crédito direcionando e viabilizar soluções de mercado”, disse.
Feirão
Teotonio Rezende afirmou, ainda, que cerca de 9 mil imóveis serão ofertados em Salvador durante a 12ª edição do Feirão Caixa da Casa Própria, que será realizado entre os dias 17 e 19 de junho, no Parque de Exposições.
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