As mudanças no comportamento do consumidor refletiram também no tipo de imóvel demandado. Uma das tendências do mercado imobiliário atual é a planta flexível. O tipo de desenho de planta que não é novidade para o mercado imobiliário está se fortalecendo tendo em vista que, com reduções de metragens ano após ano, os imóveis precisam ficar mais confortáveis para seus usuários.

Essa busca por conforto é variável – ou seja, precisa ser adaptada à necessidade de cada um. Existem clientes que buscam imóveis com cozinha aberta, outros que preferem cozinha fechada, alguns que gostam de integrar a área da varanda à sala e outros que preferem instituir a separação de ambas. Há também aqueles que preferem aumentar a sala e retirar uma parede de vedação de um quarto, por exemplo.

As possibilidades são muitas e o objetivo é o mesmo: a planta flexível pode tornar a vida do usuário na sua moradia mais confortável. A exemplo disso, a Gadens Incorporadora acaba de lançar o empreendimento Lillé, que possui 35 apartamentos e 9 configurações de planta em Curitiba. “O empreendimento é projetado para um público de alto padrão.

Como é um projeto que não tem uma área de metro quadrado grande, as adaptações ali não são tão robustas. Mas estamos entendendo que o cliente hoje gosta de personalizar e estamos proporcionando essas alterações, como a integração de uma sala com uma sacada para tornar o espaço maior”, explica Thiago Gadens, diretor de incorporação da incorporadora.

 

Planejamento da planta flexível
Um dos pontos mais importantes para tornar as plantas flexíveis possíveis no empreendimento está ligado ao desenho do projeto. No planejamento inicial que consta a arquitetura e também o projeto estrutural, é preciso adaptar a planta. Qualquer engessamento do projeto estrutural, principalmente, pode impedir essas adaptações e flexibilidades necessárias.

De acordo com Gadens, quando o cliente compra o imóvel de forma antecipada também é possível executar a flexibilidade com mais facilidade atendendo todas as suas necessidades. Nas partes molhadas, como de banheiro e cozinha, já existem pontos específicos desenvolvidos. Agora, nas paredes de vedação, a incorporadora consultada utiliza drywall por ser um elemento mais leve e facilitar as flexibilizações.

Com relação ao cronograma de obras, dependendo do grau de flexibilidade de personalização, é preciso se planejar com antecedência para realizar de forma assertiva e sem atrasos. “Nós conhecemos algumas incorporadoras que realizam, por exemplo, um vão livre. Elas executam uma obra que é inteira personalizada, aí não tem como não alterar o cronograma. Precisam fazer um projeto de interiores especifico para aquela unidade, aí alteram. Depende do grau de flexibilidade e do momento da obra também”, exemplifica o diretor de incorporação da Gadens.