Antes de conseguir o financiamento de um imóvel, o consumidor vai se deparar com uma série de exigências do banco. Entres documentos e formulários, é preciso ficar atento para não ter o crédito negado por um detalhe. Então, o que se deve levar aos bancos?

Para a abertura de crédito, a Caixa Econômica pede apenas um documento de identificação (RG, carteira de trabalho, CNH) e comprovante de renda para dar início ao processo. Quem deseja utilizar o FGTS para financiar o imóvel deve portar a última declaração do Imposto de Renda e o recibo de entrega à Receita Federal. Se o imóvel for novo, o valor pode ser financiado em 90% e num prazo de 35 anos. O teto para financiamento cai se ele for usado.

Já Banco do Brasil requer série de documentos e formulários para dar início ao cadastro e abertura, conforme as linhas de financiamento bancário. O cliente correntista preenche uma proposta de financiamento imobiliário e Declaração Pessoal de Saúde (DPS). Isso vale para todas as linhas de crédito do banco.

Para o Programa Minha Casa e Minha Vida ou Aquisição Pessoa Física com FGTS, a instituição bancária pede as declarações de enquadramento e do Imposto de Renda Pessoa Física, comprovante de residência ou de ocupação laboral (declaração de que a pessoa atua na empresa), comprovante de renda e extrato do FGTS. Não esquecer do documento de identificação (RG, CNH ou carteira de trabalho). O BB afirma que o cliente pode adquirir o imóvel novo ou usado em até 420 meses, com carência de até seis meses para pagamento, além de financiar até 90% valor do bem.

No setor privado, o Itaú, por exemplo, disponibiliza formulário para compradores pessoa física. Nele, o cliente preenche informações como RG, CPF, data de nascimento, entre outros. Requer também um formulário para o seguro imobiliário e um comprovante de estado civil do contratante do financiamento. O banco também possui opções para crédito com o uso do FGTS.

O maior engano de quem dá início ao processo de financiamento é acreditar que o banco não monitora as movimentações financeiras do solicitante. Novas dívidas que possam comprometer a capacidade são observadas pelos bancos. “Mantenha os compromissos financeiros em dia. Anotações cadastrais externas são prejudiciais à concessão do crédito”, destaca o Banco do Brasil.

Atenção também para os custos adicionais, como taxas de registro do contrato do cartório e o Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). A orientação é perguntar ao gerente do banco se esses custos podem ser agregados ao financiamento.

A estudante Amanda Nogueira resolveu adquirir um apartamento em 2012, na Messejana. “Cheguei a pensar que iria onerar meu orçamento. Tive de planejar”.

 

Outros cuidados

A advogada Meriane Araújo, especialista em Direito Imobiliário, avalia a necessidade de seguir algumas recomendações. “Além da escolha do imóvel, o consumidor tem de verificar se a construtora é idônea”. Outra dica importante é checar a legalidade do imóvel, solicitando documentos como o registro de incorporações, que mostra todas as características do empreendimento. Ele dá segurança jurídica ao comprador.

DICAS

1 – Pesquise a documentação necessária para o financiamento. Algumas instituições bancárias pedem apenas RG e comprovante de renda, enquanto outros exigem uma série de formulários.

2 – Poupe pelo menos 20% do valor do imóvel. Assim você tem poder para negociar com o banco.

3 – Guarde o dinheiro em uma aplicação de baixo risco, como poupança ou fundo de renda fixa. Desvincule-o da conta corrente para não cair na tentação de usá-lo.

4 – Analise os custos envolvidos. Entram aí taxas de cartório e o Imposto de Transmissão de Bens Imobiliários (ITBI). Pergunte ao gerente do banco se eles não podem ser agregados ao valor do financiamento.

5 – Novas dívidas que possam comprometer a capacidade de pagamento e interferir na linha do financiamento são observadas pelos bancos do início de  contratação, até a assinatura do contrato.

6 – Bancos possuem ferramentas para simulações.

É possível verificar os juros e as condições ofertadas por cada um.