Grandes indústrias como Google, Facebook, Amazon, Apple, Netflix, entre outra gigantes, estão procurando se estabelecer em cada canto do mundo. Cada executivo enviado para a construção de uma nova sede, opta por cidades que possam oferecer oportunidades e mostrar que estão de portas abertas para o futuro.
Conheça os projetos de algumas dessas, e como isso mudou totalmente o cenário do mercado imobiliário daquela região.
Singapura
Tudo levava a crer que seria apenas mais uma pálida cidade no sudeste asiático. Sem recursos naturais, pobre de solo para plantio e um índice de desemprego nas alturas em meados dos anos 60. Após sua independência, os dirigentes de Singapura perceberam que para prosperar deveriam ter uma mentalidade de mercado aberta, fácil e dinâmica. O objetivo era conseguirem atender aos mais diversos interesses globais. E deu muito certo.
Singapura possui em torno de 5,6 milhões de habitantes, sendo 3 milhões de estrangeiros. A sua diversidade étnica não só influencia na economia (que só vem expandindo), mas também na sua arquitetura única.
A cidade possui temperatura média de Cuiabá, com a umidade de Manaus. Eles não querem que o clima seja um obstáculo para o desenvolvimento. Então, criaram estufas que dão a impressão de ter ar condicionado pela cidade toda.
Aos poucos Singapura foi se embelezando, e chamando a atenção de quem vinha de fora.
Só que Singapura quer ir ainda mais longe. Existe projeto de construção de um noivo bairro. Todo verde, integrado, com água por todos os lados, com inúmeros lugares para lazer (teatros, auditórios, parques)… A ideia é que esta nova população, com 20 mil apartamentos, adote um novo estilo de vida. A previsão é que o novo empreendimento fique pronto em 2030. Nisso, os corretores e imobiliárias estão bem ocupados ajudando a fazer esse novo futuro acontecer.
Singapura percebeu que pode concorrer com qualquer grande metrópole do mundo, oferecendo uma qualidade de vida diferenciada e atraindo esses investimentos de forma eficaz.
Nova York
Em Manhattan, próximo ao Madison Square Garden, existe uma garagem onde ficam estacionados os vagões de trens que saem de Manhattan em sentido New Jersey. Uma área enorme, e sem objetivo, pois Nova York havia perdido para Londres a oportunidade de sediar as Olimpíadas de 2012 – e o projeto inicial de construir um estádio ali, morreu.
Então, o ex prefeito da cidade, Michael Bloomberg, idealizou a construção de um novo bairro nesta região. Era a soma de vários fatores: mais moradores, mais impostos, mais investimento privado e mais desenvolvimento.
Nasce então o Hudson Yards, um desenvolvimento imobiliário que está em construção desde 2012, e 50% já concluído. De acordo com a revistaFortune, é “uma cidade dentro de uma cidade”, e é o maior projeto de construção civil da história dos Estados Unidos. Avaliado em 20 bilhões de dólares, será um centro comercial e residencial, possuirá prédios com 50 a 100 andares.
Houveram algumas exigências das autoridades municipais: a garagem deve continuar funcionando, deve existir uma bela estação de metrô, uma grande praça aberta, um centro cultural e uma grande obra de arte para embelezar ainda mais o bairro. A incorporadora responsável aceitou o desafio e ofereceu o melhor resultado possível.
Vessel, como é conhecida essa obra, pode se tornar um dos pontos turísticos mais registados de Nova York.
Em tempo recorde, Nova York ganha um novo bairro, que atrai novas empresas, prédios muito mais modernos e um novo ponto turístico.
Hudson Yards é a prova de que com o trabalho efetivo da política pública e da arquitetura para potencializar o mercado imobiliário, qualquer cidade pode construir projetos incríveis.
Pequim
Pequim vem surpreendendo não só em sua economia – já que a China está prestes a se tornar a 1ª economia mundial. Mas já vinha mostrando sua capacidade arquitetônica desde os jogos olímpicos de verão de 2008.
Mas hoje ela surpreende com uma nova área chamada de Jianwai Soho. A construção é dos anos 2000, mas surpreende por ser um conglomerado de condomínios (apartamentos e escritórios) com áreas multi comerciais no térreo. É uma área de 700 mil m², onde a arquitetura surpreende pela possibilidade de se circular entre os prédios.
São Paulo
No Brasil costumamos ter o chamado “complexo de vira lata” onde tudo parece ser mais difícil e não funciona. Mas São Paulo conta uma história incrível de ousadia nos anos 50 e 60, e possui uma relação direta ao que vem acontecendo na China, nos EUA ou em Singapura.
Foi a soma de um poder público que não criava tantos obstáculos, uma elite bastante viajada e ambiciosa e vontade de agitar o mercado imobiliário. Por conta disso, São Paulo hoje possui inúmeros prédios que envelheceram muito bem. A exemplo dos prédios do Vale do Anhangabaú e os edifícios Copan e Itália.
Esse investimento aconteceu na época em que o número de habitantes de São Paulo dobrava a cada década. Justamente porque São Paulo possuía escasso transporte público e por isso todo mundo preferia morar na área central. Pois era lá que existia emprego, bondes e cinema (a opção de lazer preferida da época).
A área que hoje é o Conjunto Nacional na Av. Paulista, ocupava antes a área de uma única residência. Hoje esse empreendimento possui 3 grandes blocos com áreas comerciais e residenciais. E no térreo uma grande área como uma praça coberta, com obras de arte, livraria, cafeterias, etc. É um dos prédios mais vivos da cidade.
O mercado imobiliário, com o incentivo certo, consegue modificar o futuro de uma cidade, ou o rumo de um país. Influencia na maneira como as pessoas vivem, trabalham, viajam e sonham. Por isso cada pessoa desse setor tem um papel importante em como isso é aplicado, seja do corretor ao arquiteto, do engenheiro à incorporadora.
O mercado imobiliário vive de tornar sonhos possíveis, e é aí que reside a maior beleza deste negócio.
Você conhece algum empreendimento que mudou a história de uma cidade? O que você acha disso tudo? Conta para a gente nos comentários.
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