Neste mês de julho, auge do verão no Hemisfério Norte, uma das cidades mais procuradas do país que mais recebe turistas no mundo irá proibir o aluguel de casas por temporadas através de sites como Airbnb. A atitude de Palma de Maiorca, na Espanha, é um exemplo de como destinos em todo o mundo estão tentando diminuir as consequências do turismo de massa.
A decisão das autoridades de Palma de Maiorca de barrar a locação de imóveis por sites de aluguel de temporada no centro da cidade já havia sido anunciada. Uma sessão da plenária local na última quinta-feira, 28 de junho, confirmou a restrição.
Agora, só propriedades longe do centro urbano poderão ser alugadas para visitantes. Na grande parte da cidade, está proibido negociar estadia em casas, apartamentos e estúdios através de plataformas como o Airbnb. A multa pode chegar a 40 mil euros.
A decisão do governo local foi tomada após constatarem que a oferta de imóveis para locação turística aumentou 50% entre 2015 e 2017, alcançando mais de 20 mil unidades. Apenas 645 dessas residências possuem licença oficial para receberem hóspedes. O turismo representa 40% da economia da capital das Ilhas Baleares.
Ao jornal espanhol “El País”, o prefeito de Palma, Antoni Noguera, disse acreditar que a iniciativa, pioneira no país, será um exemplo para outras cidades espanholas que sofrem com o chamado overtourism. Uma delas é Barcelona, onde grupos locais voltaram a se manifestar contra os turistas, como fizeram há um ano.
Madri também começou a impôr restrições a esse tipo de oferta de hospedagem. As autoridades da capital espanhola querem impedir que residências sejam alugadas a turistas por mais de 90 dias do ano – e blocos de apartamentos inteiros não poderão mais ser acomodações de visitantes, a menos que o prédio seja licenciado como hotel.
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