O Bradesco prepara seu ingresso no mercado de “crédito associativo”, modalidade na qual o financiamento do imóvel é feito ainda na planta e não somente após a conclusão da obra. A ideia do banco é começar a explorar esse mercado a partir do início próximo ano. Depois de estudar o segmento ao longo deste exercício, o Bradesco já teria alguns projetos no radar para dar o pontapé nessa linha.
Na semana passada, o Santander Brasil anunciou, em parceria com a MRV, sua entrada no crédito associativo. O banco tem apetite para construir uma carteira da ordem de R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão no primeiro ano de atuação. A modalidade é vista pelas construtoras como a segurança que faltava para retomarem com mais fôlego os lançamentos. Já do lado dos bancos privados, ainda havia receio quanto ao risco da linha, uma vez que a garantia na concessão do financiamento não estava consolidada. Teme-se uma inadimplência mais alta do que a do crédito imobiliário tradicional.
Ampliou o leque. A chegada dos bancos privados aumenta o número de competidores que explora o crédito associativo no Brasil. Até então, somente a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil atuavam nessa linha, por meio do financiamento de imóveis enquadrados nas faixas 2 e 3 do Minha Casa Minha Vida (MCMV). Procurado, o Bradesco confirmou as informações.
O Itaú, questionado sobre seu interesse em atuar em crédito associativo, informou que sempre avalia oportunidades no segmento de financiamento imobiliário, mas que não tem planos de disponibilizar essa modalidade no curto prazo.
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