Cair na real. Esse é o conselho para quem está pensando em locação que o orçamento não comporta confortavelmente. É claro que o olho brilha quando, ao abrir a porta para visitação, a sensação é de que o imóvel foi projetado para você, mas se não der para pagar por ele, com pesquisas e um pouco de persistência é possível encontrar opções que caibam no bolso e agradem, suprindo a necessidade – deixe o aluguel mais caro para quando o salário aumentar. Estourar o orçamento pode trazer consequências desastrosas. Conforme determina a Lei do Inquilinato, Lei 8245/1991, o inquilino fica obrigado a pagar o aluguel no dia estabelecido em contrato para vencimento.
Caso contrário, está sujeito a multa, mas pode ser pior: o locador pode levar a protesto, mover ação judicial para a cobrança da dívida em aberto, que pode resultar em penhora de bens, ou até mesmo para o despejo. Também pode se transformar em cilada, passar a comprar itens para a sobrevivência no cartão de crédito, para sobrar dinheiro para o aluguel. Se a renda não suprir todas as contas, a bola de neve ganha corpo e as noites de sono tranquilo, para muita gente, vão-se embora.
Vale a pena andar e visitar várias opções. Uma dica é fazer todos os cálculos com antecedência e depois sair para procurar a casa ou apartamento que se enquadre dentro da faixa de preço possível. Nesse planejamento, deve-se colocar no papel a renda da família e verificar se, mesmo com aluguel de determinado valor, haverá como pagar todas as contas, com uma folga para imprevistos. Além de analisar o valor que a renda comporta, avaliar outros detalhes pode ajudar na decisão, entre elas: distância do imóvel pretendido até o trabalho, até a escola das crianças, para calcular quanto é possível economizar de combustível; o valor médio mensal do condomínio em relação ao que ele oferece (piscina, churrasqueira), e se será possível aproveitar o que está disponível. Pés no chão Segundo o diretor de comercialização do Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi), regional Maringá, Milton de Oliveira,que também proprietário da Lélo Imóveis, as imobiliárias tomam precauções para evitar que situações de falta de pagamento de aluguel aconteçam.
“O cliente vem, olha o imóvel, reserva. Quando pega a documentação a gente vê com ele a renda, para verificar se comporta. A orientação geral é para que não se comprometa mais de 30% da renda”, diz Oliveira.
Fica sob a responsabilidade dos interessados em locar, calcular se outras dívidas, somadas, já comprometem a renda impedindo folga no orçamento. “Esse cuidado que as imobiliárias têm é para evitar inadimplência. Aceitamos a locação com segurança, dentro do que o cliente pode pagar”, conta.
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