Do que depende a boa acústica dos imóveis
A Predial

As regras são claras, os apartamentos devem receber, no máximo, 39 decibéis de ruídos externos. Pelas paredes de um apartamento para outro, 45 e por impactos no piso, 80 decibéis é o limite. A medição é feita com ajuda de equipamentos de precisão. Essas regras são da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que, através da NBR 15.575, determina como as construtoras devem agir.

A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal do Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), também estabelece normas pelo código de Obras e Posturas do Município de Fortaleza. Segundo o documento, as edificações devem ser providas de isolamento acústico.

Com as normas, as edificações habitacionais devem apresentar isolamento ante ruído nas vedações externas, no que se refere a barulhos aéreos provenientes do exterior da edificação habitacional e isolamento acústico adequado entre áreas comuns e privativas.

Para o engenheiro da Idibra Geraldo Magela, a parte mais crítica na questão da acústica é a transferência de ruídos entre os andares de cima para baixo. De acordo com ele, o ideal é que as lajes dos apartamentos sejam maciças protendidas, com cerca de 18 a 20 cm de espessura. “Com isso, o conforto acústico fica muito bom para o morador”, assegura.

O outro ponto, segundo o engenheiro, são as varandas e janelas. O ideal é a utilização de esquadrilhas de PVC com vidro duplo, que são extremamente eficazes para amenizar os barulhos. “Utilizamos essa tecnologia para dar mais comodidade aos clientes. Apesar de ser mais caro, o investimento não é repassado no preço final do imóvel”, afirma.

 

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Para as edificações que ficam no entorno do Aeroporto, há normas específicas para elas. A lei municipal nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986, regula que os empreendimentos devem ter um projeto complementar de acústica que atenda às exigências da legislação dos aeroportos, conforme os critérios das Áreas Especiais Aeroportuárias (AEAs).

Quanto à fiscalização, as Regionais são responsáveis por ir às obras em andamento e verificar se o que está sendo construído está de acordo com o projeto aprovado. Também cabe a elas a emissão do Habite­se, documento importante que indica que a obra seguiu o previsto no projeto aprovado pela Seuma.

De acordo com Janari de Castro, diretor­presidente da Ambientar, empresa especializada em revestimento acústico, os materiais mais utilizados pelas construtoras na hora de 21/01/2016 Do que depende a boa acústica dos imóveis  revestir os imóveis são, para as paredes, Chapa de Gesso e a Lã de Vidro, ambas com preço médio de R$ 95/m². Juntas, formam a chamada Parede Seca (ou Dry Wall, em inglês), que também é muito usada em hotéis.

Já para o piso, Janari conta que a Malha ‘Ótima Piso’ e a Lã de Vidro são as mais indicadas. “Com elas, evita­se o famoso toc­toc do vizinho de cima ou de baixo”, diz.

 

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A PRIMEIRA coisa a ser feita é identificar de onde vem o barulho. De fora? De baixo? De cima? Se for de fora – bares, carros etc. – o ideal é que sejam instalados caixilhos acústicos (armações das janelas e portas), pois normalmente são de alumínio e compostos por vidros duplos ou triplos, que vedam muito melhor.

SE OS RUÍDOS vierem de dentro do prédio, o som provavelmente está entrando pelas lajes, seja a do piso ou a do teto. Se é de baixo, há dois procedimentos: remover o piso e aplicar materiais isolantes ou utilizar um carpete sobre o já existente. Por ser mais barata, a segunda opção é mais usada. Agora, se o incômodo vier de cima, é recomendado utilizar forros acústicos sob a laje, aqueles que são comuns em prédios de escritórios.

PREÇO MÉDIO DE ALGUNS MATERIAIS

Caixilhos acústicos R$ 33,90 Chapa de Gesso R$ 95

Lã de Vidro R$ 95 Malha

“Ótima Piso” R$ 100 Esponja caseira R$ 7

 

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